Dica de viajante: Grand Amazon

Nossa cliente Roberta passou alguns dias navegando pelo Rio Negro com a família, em outubro desse ano, e nos escreveu esse relato maravilhoso sobre sua experiência. Confiram:

“Eu e minha família entramos nesta aventura com objetivos diferentes. As crianças queriam ver o maior numero de animais exóticos possíveis, meu marido queria aproveitar a natureza e descansar, e eu estava ansiosa por uma “desintoxicação de eletrônicos” e aproveitar o momento em família, curtindo os momentos que passamos juntos, olhos nos olhos, sem interferência de uma ligação telefônica, mensagens, um WhatsApp dos inúmeros grupos, uma pesquisa no google, um email de trabalho etc.

O lugar não poderia ser mais propício: um cruzeiro no Rio Negro, com todo o conforto de um quarto de hotel, sem o stress de um grande navio de 1500 cabines. Com uma gastronomia rica em iguarias locais, preparadas pelas mãos de um chef, apresentadas com muita beleza e requinte.

Foi assim que passamos nossas 4 noites no Grand Amazon, da rede espanhola Iberostar.

A calma nos deixaria dormir até altas horas, mas por causa do nosso relógio biológico, não conseguimos dormir mais. Por isso, ao abrir as cortinas às 5h30 daquela primeira manhã, fui presenteada com um lindo nascer do Sol, em águas plácidas, um céu multicolor que a cada minuto se tornava mais laranja e prometia que o Sol não tardaria. Naquele momento a minha vontade era de chorar, por me sentir abençoada por Deus, por poder me emocionar com algo tão simples que acontece há séculos. Naquele momento me senti a pessoa mais feliz do mundo, e adorei saber que meus filhos conseguiam se emocionar e estar felizes sem os eletrônicos.

Aquela foi a primeira das muitas surpresas…

O pôr do Sol deixou todos no barco sem palavras e, muitos, com lágrimas nos olhos. Estamos tão acostumados com o stress do dia a dia que nos esquecemos de ver estes pequenos milagres…

Os guias eram um capítulo à parte, super preparados, multifuncionais e muito simpáticos. Fomos muito bem recebidos e nos sentíamos muito protegidos.

Os passeios pelo rio eram lindos. Ver os animais soltos, os pássaros cantando, os casais de araras sempre juntos, as frutas da Amazônia, o alimentar dos macaquinhos, pegar um verdadeiro crocodilo, alimentar um boto cor de rosa, ver um bicho preguiça, ver a fabricação da farinha, o museu da borracha (dentre tantas outras atrações) eram coisas que eu nunca pensei ser possível de se realizar. Tudo sempre feito de maneira consciente e orientada pelos super guias com olhares biônicos: Piro, Jeferson, Milton, Wenceslau.

A visita à aldeia indígena foi muito interessante, pudemos ver que naquele lugar as diferenças de vida entre os turistas e os índios eram nulas quando se tratava de brincadeiras. Tiago, meu filho de 11 anos, gostou tanto de brincar com as crianças indígenas que me pediu para dormir aquela noite com eles, pois teria sido convidado, e perguntou se eu poderia vir buscá-lo no dia seguinte. Neguei, claro, pois o navio não para, mas fiquei feliz por ver que entre eles não haviam diferenças.

O último dia tinha sabor de quero mais e, ao ver o encontro do Rio Negro com o Solimões, nos deu um misto de veneração e tristeza, pois sabíamos que era o fim daquela linda aventura. No pouquinho que vimos da nossa linda Amazônia, pulmão do mundo, muito mais valorizada pelos estrangeiros que pelos Brasileiros, deu para trazer para casa uma calma, um descanso que nunca havia tido em toda a minha vida.

Tenho, agora, ainda mais orgulho de ser brasileira e poder mostrar aos meus filhos os valores que realmente têm importância na vida.

Uma viagem de sonhos… Aconselho.”

Autora: Roberta Reimann

Se quiserem ver mais fotos dessa viagem deliciosa, é só clicar aqui.

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